Sei que foi um ano de recuperar alguma assertividade, de ter defendido o meu espaço, o meu rumo (mesmo que este não se tenha revelado vencedor). Terminei a minha pós-graduação e decidi que merecia mais em termos de mestrado, por isso tive a coragem de congelar a matrícula sem olhar à opinião dos outros. Foi o ano em que tive menos dinheiro, devido à licença sem vencimento, mas curiosamente 2019 trouxe muitas pequenas e deliciosas viagens. Corri Portugal de Norte a sul, literalmente do ponto mais a norte, até ao ponto mais a sul. Voltei a apaixonar-me por Espanha, pelas ruas agitadas de Madrid e pela calmaria paradisíaca de Sanabria. Vou lembrar para sempre a road trip com a adolescente da família, pelas planícies douradas do Alentejo até descansarmos o corpo nas águas quentes dos Algarves. Conheci novos sabores que a natureza nos oferece de graça. Lavei, preparei e comi urtigas. Provei os melhores boletus, cantarelus, trombetas da morte e sanchas. Não descobri novos restaurantes, mas voltei aos de sempre, aos que me alimentam a alma, mesmo que para isso tivesse de subir a serra vezes sem conta. Quase consegui atingir um dos objectivos traçados no início de 2019, o de escrever um post todas as semanas no blogue. Foi quase, quase…mas apesar de não ter alcançado essa meta, o blogue ganhou vida, com o lançamento de um singelo ebook sobre piqueniques, com um workshop de fotografia promovido pela fotógrafa Naida Folgado e pelo projecto Humor ao Lume, com o envio regular da Newsletter do Reservatório e com a produção fotográfica de um grande desafio de Natal que me foi lançado pelas meninas lindas da Guida Design Eventos. Redescobri o meu amor pelo campo e lancei mãos à terra para criar de raiz uma micro-horta, um espaço onde tenho feito crescer alguns dos alimentos que coloco na mesa. Agrada-me perceber que a minha cozinha cada vez mais bebe inspiração no verde que me rodeia. Por causa do meu investimento no blogue, na micro-horta, na fotografia, na escrita, 2019 trouxe-me muitas pessoas inspiradoras, pessoas de bom coração, com palavras bonitas sempre prontas a animar o meu espírito.
Afinal, agora que os pequenos feitos ganham vida nas palavras escritas, acredito que mereço um longo e quente abraço de amor-próprio. E começo o ano com a partilha de uma receita verde esperança. A receita que fez do meu aniversário, há menos de um mês, um dia bem mais feliz. Espero que ela vos inspire a ter um ano 2020 repleto de esperança, de serenidade, de saúde, de paz e só boas notícias.
Waffles de Matcha
Tempo de preparação: 25 a 30 minutos aprox.
Dificuldade: Fácil
Quantidade: 12 waffles
Ingredientes:
- 1 ½ chavéna de farinha de trigo
- 1 colher de sopa de matcha (bem cheia)
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de chá de açúcar baunilhado
- 1 chávena de bebida de soja
- ¼ de chávena de óleo de girassol
- 1 ovo
Modo de Preparação:
- No liquidificador colocamos a colher de matcha, o açúcar, o açúcar baunilhado, a bebida de soja, o óleo de girassol e o ovo. Trituramos bem;
- Acrescentamos a farinha e o fermento. Voltamos a triturar bem;
- Aquecemos a máquina de waffles e pincelamos as placas com um pouco de óleo de coco;
- Enchemos cerca 1/3 das placas da máquina com massa;
- Fechamos a máquina e cozinhamos até dourar;
- Transferimos as waffles para uma rede de arrefecimento.
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