José Tolentino Mendonça escrevia em 2018 que “as mãos
preocupadas com embrulhos, esquecem outros gestos de amor” e “que os símbolos
apenas se amontoam, e soltam uma música triste, quando já não dizem aquela
verdade profunda”. Porque “Para haver Natal este Natal, talvez seja preciso recordar”.
Aceitámos este chamamento de recordar as coisas mais simples e que sempre fizeram do nosso Natal um Natal com significado. Quando digo aceitámos, refiro a minha pessoa e as mentoras (Lúcia e Sónia) da Guida Design Eventos.
Deixámos os costumes natalícios globalizados e procurámos
dentro de nós lembranças, recordações e cheiros, em passeios que nos levaram de
volta aos lugares de infância, aos montes húmidos, ao ar gelado e ao cheiro a
fumo das lareiras, onde nos lembramos de sentar.
Rodeadas de boas memórias, criámos um editorial de Natal, que é também uma homenagem à nossa família, principalmente aos entes queridos que sempre, de forma natural, abrilhantaram os nossos passos. Nomeadamente, os nossos avós. É curioso perceber como a nossa identidade está tão enraizada nos ensinamentos e nas experiências que vivemos com eles. Por isso, este editorial, não vai ser apenas um punhado de receitas ou um DIY. É sim a partilha de sorrisos e de muitas lágrimas de saudade, é partilha de histórias, mesmo que seja de forma velada através dos elementos que usamos.
Rodeadas de boas memórias, criámos um editorial de Natal, que é também uma homenagem à nossa família, principalmente aos entes queridos que sempre, de forma natural, abrilhantaram os nossos passos. Nomeadamente, os nossos avós. É curioso perceber como a nossa identidade está tão enraizada nos ensinamentos e nas experiências que vivemos com eles. Por isso, este editorial, não vai ser apenas um punhado de receitas ou um DIY. É sim a partilha de sorrisos e de muitas lágrimas de saudade, é partilha de histórias, mesmo que seja de forma velada através dos elementos que usamos.
Apesar deste DIY se centrar apenas numa coroa, a verdade é que preparámos três diferentes, com técnicas distintas, mas com esta vontade de manter viva as nossas memórias de infância e o respeito pelo que a natureza nos dá.
Os galhos, as folhas e os bugalhos são da época, foram colhidos
na nossa caminhada pelos montes em volta. Usámos ainda rosas pequenas e flores
que preservámos neste Verão e algumas das espécies que têm resistido ao frio e
chuva no jardim da Lúcia.
Em cada vime, uma história dos nossos avós, uma recordação de como também eles guardavam os vimes para aquecer o Natal.
Os badalos comprámos na feira semanal de Viseu, e a corda
que não era necessária, foi só mais um elemento na composição a fazer lembrar a
avó da Lúcia e de como ela levava o gado, assim como o alfinete de burel, um
mimo das Capuchinhas do Montemuro.
Uma coroa rústica em toda a sua génese com um significado muito especial para os corações feitos de Serra, mas que queremos partilhar com todos.
Uma coroa rústica em toda a sua génese com um significado muito especial para os corações feitos de Serra, mas que queremos partilhar com todos.
A Coroa feita no bastidor é a mais delicada, assim como as
coroas em volta que fizemos em
armação de madeira, as técnicas de sobreposição que usamos requerem paciência e
minúcia. Mas deu-nos tanto prazer voltar às raízes, que queremos muito no
próximo ano ensinar-vos este nosso amor pelo Natal rústico.
Para já, deixamos aqui os DIY mais simples! Coroa montada em esponja,
e um ponpon de fio norte que pode dar aquele toque especial.
Alinham connosco neste sentimento de recordar as coisas simples que fazem do Natal, o verdadeiro Natal e colocar significado em tudo o que preparamos até dia 25 de Dezembro?
Alinham connosco neste sentimento de recordar as coisas simples que fazem do Natal, o verdadeiro Natal e colocar significado em tudo o que preparamos até dia 25 de Dezembro?
DIY | Uma coroa de Natal com inspiração serrana
Materiais:
- Esponja de coroa (para flores artificiais);
- Grampos ou arame para os fazer;
- Fio norte ou rolo de arame fininho;
- Flores preservadas e secas (como as que usamos) ou artificiais;
- Musgo seco ou natural
- Tesoura
- Dispor musgo sobre a esponja e ir prendendo com o fio em volta
- Pode voltar atrás com o fio se necessário e ir preenchendo espaços sem musgo.
- O fio deve ser enrolado continuamente até ao fim.
- No final atar o fio no verso da coroa de modo a que não seja visível.
- Fazer pequenos raminhos de flor a gosto.
- Aconselhamos flores preservadas ou artificiais, pela sua durabilidade.
- Nós usamos feto do monte, rosas preservadas e outras flores secas.
- Dispor o primeiro raminho na diagonal de fora para dentro.
- Prender com um grampo de arame.
- Os grampos devem ter no mínimo 3 cm de comprimento.
- Sobrepor raminhos com a mesma inclinação até ao centro da coroa
- Repetir este passo com cerca de 5 cm de distância da linha anterior.
- Ter em atenção que a distância face á linha anterior é maior do lado de fora e menor do lado de dentro da coroa.
- No final veja o que está menos bem, a boa coisa desta coroa, é que os grampos são facilmente amovíveis, até servem para prender melhor algum musgo mais solto, podendo sempre dar um jeitinho no final.
Material:
- Fio norte ou outro
- Tesoura
- Enrolar bastante fio em volta da mão.
- Passar um fio pelo meio do novelo e atar bem forte. Corte após o nó deixando pontas
- Junte o novelo após este nó e enrole fio, como se estivesse a fazer uma cinta. Ate e corte junte ao nó.
- Corte em pontas a outra extremidade do novelo e apare.
- Pronto!
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