Quando no início do ano, rumei a Chaves, Vila Real ficou
alojado no canto do olho. Descobri naquele momento umas saudades imensas quer do sítio, quer das vivências que ali experimentei. Soube que tinha de
voltar. Não só para matar saudades, mas também para viajar nas voltas que a
cidade deu nestes anos todos que passaram desde a minha adolescência.
Há muito que os algoritmos me sugeriam uma estadia na Casa Agrícola
da Levada. E só vos digo, é assustador como os algoritmos me conhecem bem. Situada
na entrada da cidade de Vila Real, é nas raízes rurais que assenta toda a sua
essência. Rodeada de diversos acessos, de estradas nacionais, de auto-estradas,
a Casa Agrícola da Levada é um sítio mágico banhado pela tranquilidade e pelo
verde do Rio Corgo.
Assim que deixamos o asfalto e ingressamos no caminho de
terra batida rumo ao coração da propriedade, parece que entramos numa realidade
paralela. Os cedros e os pinheiros adensam a paisagem. Para trás ficam os
prédios, a circulação incessante, o rebuliço. Chegamos à Casa Principal, uma
construção que remonta a 1922 e que tão bem retrata um período da nossa
história com o seu granito imponente, a fusão entre paredes caiadas de branco e
a pedra, assim como o emblema da Casa expressado nos elementos
decorativos. Nota-se claramente a preocupação que houve em fundir o edifício
com a paisagem circundante.
Quem me conhece sabe o quanto adoro alojamentos rurais, e
este vai ficar marcado no meu coração como o alojamento com a recepção mais bonita
que alguma vez vi. Fiquei na dúvida, se era um edifício ou uma espécie de
instalação artística da mãe natureza. Ali estava eu perante um edifício
totalmente coberto com uma hera outonal a exibir tons laranjas e avermelhados
super exuberantes. Senti-me como que teletransportada para um conto de
encantar. Ainda mais quando, na recepção nos receberam com toda a simpatia e
nos ofereceram uns mapas da região ilustrados, criados pela Casa Agrícola da
Levada. Uns documentos lindos, que só conferiram ainda mais o estatuto de
narrativa mágica.
Em tempos, esta propriedade funcionava quase como uma
aldeia. Tinha a casa principal dos donos das terras e depois afastado da
entrada um conjunto de pequenas casas de granito onde viviam os trabalhadores
da quinta. Entretanto, essas casas foram transformadas também em alojamento
turístico. Foi numa dessas casas, que
antigamente albergava o alambique da quinta que pernoitámos. Quando digo
ficámos, quero dizer eu, o marido e a Cãomiúda. É verdade, a Casa Agrícola da
Levada é um alojamento turístico Pet Friendly, em que verdadeiramente têm
atenção para com os hospedes de quatro patas, escolhendo dentro da propriedade
as casas que mais se adequam a eles.
No nosso caso, tivemos direito à Casa do Alambique, com pátio privado, onde a Cãomiúda pode descansar, cheirar e ladrar sem incomodar muito (ok, ela é um bocado mal disposta, por isso deve ter incomodado bastante os restantes turistas, sorry). Mas ao contrário da primeira viagem que fizemos com a Cãomiúda, que envolveu vómitos e urgências numa clínica veterinária durante a noite (podem ler aqui), a nossa cadelinha adorou este passeio. Principalmente pelos encontros nocturnos que teve com os sapos e com as salamandras. Ficou muito intrigada com as dezenas destes animais que se passeiam livremente e de forma protegida nos maravilhosos jardins desta propriedade. De facto, este é um projecto turístico que procura ser sustentável. Para além de protegerem a fauna e a flora, esforçam-se para produzir energia verde e incentivam os hóspedes a reciclar o lixo, e a encaminhar os resíduos alimentares para compostagem ou para servir de alimento aos animais da quinta.
Composta por um quarto/sala, uma kitchenet bem equipada e uma casa de banho simples mas prática, a Casa do Alambique foi perfeita para um fim-de-semana prolongado bem chuvoso. Passámos a maior parte do tempo dentro de casa, com a salamandra ligada, jogos de tabuleiro, muitos Covilhetes e Pitos de Santa Luzia, e muita preguiça. Claro que passeámos muito pelos caminhos da propriedade. Uma actividade imposta pela pequenita canina, que adorou cheirar cada milímetro.
Nas casas independentes da quinta não é servido pequeno-almoço, mas todos os dias é entregue um cesto com pão fresco maravilhoso. Além disso, na loja da quinta a Honesty Shop é possível comprar produtos dignos de uma bela refeição. Muitos dos produtos são cultivados ou recolhidos nas hortas da Casa Agrícola da Levada.
No nosso caso, tivemos direito à Casa do Alambique, com pátio privado, onde a Cãomiúda pode descansar, cheirar e ladrar sem incomodar muito (ok, ela é um bocado mal disposta, por isso deve ter incomodado bastante os restantes turistas, sorry). Mas ao contrário da primeira viagem que fizemos com a Cãomiúda, que envolveu vómitos e urgências numa clínica veterinária durante a noite (podem ler aqui), a nossa cadelinha adorou este passeio. Principalmente pelos encontros nocturnos que teve com os sapos e com as salamandras. Ficou muito intrigada com as dezenas destes animais que se passeiam livremente e de forma protegida nos maravilhosos jardins desta propriedade. De facto, este é um projecto turístico que procura ser sustentável. Para além de protegerem a fauna e a flora, esforçam-se para produzir energia verde e incentivam os hóspedes a reciclar o lixo, e a encaminhar os resíduos alimentares para compostagem ou para servir de alimento aos animais da quinta.
Composta por um quarto/sala, uma kitchenet bem equipada e uma casa de banho simples mas prática, a Casa do Alambique foi perfeita para um fim-de-semana prolongado bem chuvoso. Passámos a maior parte do tempo dentro de casa, com a salamandra ligada, jogos de tabuleiro, muitos Covilhetes e Pitos de Santa Luzia, e muita preguiça. Claro que passeámos muito pelos caminhos da propriedade. Uma actividade imposta pela pequenita canina, que adorou cheirar cada milímetro.
Nas casas independentes da quinta não é servido pequeno-almoço, mas todos os dias é entregue um cesto com pão fresco maravilhoso. Além disso, na loja da quinta a Honesty Shop é possível comprar produtos dignos de uma bela refeição. Muitos dos produtos são cultivados ou recolhidos nas hortas da Casa Agrícola da Levada.
Há muito que precisávamos de um fim-de-semana assim, de puro
conforto. Se procuram um refúgio, inspirem-se nas fotos e rumem até Vila Real.
Cá em casa já decidimos que queremos voltar, na altura do Verão para
experimentar a piscina e para finalmente conseguirmos passear no Parque Natural do Alvão.
Como chegar à Casa da Agrícola da Levada:A Casa Agrícola da Levada situa-se a 2,5quilómetros do centro de Vila Real, na direcção do Palácio de Mateus, em plena região de Trás-os-Montes. Nem todos os GPS conseguem indicar este alojamento, por isso, o melhor é seguirem as indicações cedidas pela própria Casa. Podem-nas encontrar aqui.
Como chegar à Casa da Agrícola da Levada:A Casa Agrícola da Levada situa-se a 2,5quilómetros do centro de Vila Real, na direcção do Palácio de Mateus, em plena região de Trás-os-Montes. Nem todos os GPS conseguem indicar este alojamento, por isso, o melhor é seguirem as indicações cedidas pela própria Casa. Podem-nas encontrar aqui.
O que ver: Casa de Mateus, Parque da Cidade de Vila Real, Sé Catedral, Jardim Botânico da Universidade de Trás-os Montes (lindo nesta altura de Outono), Parque Florestal (eu e a Cãomiúda gostámos muito deste sítio).
O que fazer: Percorrer os percursos pedestres do Parque Natural do Alvão, passear nos caminhos do Jardim Botânico da Universidade de Trás-os Montes.
O que degustar: Covilhetes, Pitos de Santa Lúzia e Húngaros na Pastelaria Nova Pompeia (os melhores húngaros que alguma vez comi); Cristas de Galo na Pastelaria Lapão; Chá e Café na Feitoria da Bila (um mundo encantado para quem, como eu, é amante de chã). Não indico nenhum restaurante, como habitualmente faço, uma vez que estávamos com a Cãomiúda e não encontrámos nenhum restaurante pet friendly.
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