Entramos na recta final de 2017 e não queria deixar passar os últimos dias do ano sem uma última receita. Neste caso, a receita que acompanhou o Natal e que serviu para abrilhantar o sapatinho de alguns familiares. O que seria da minha vida sem bolachas? Bem, seria mais saudável, teria menos açúcar no sangue, não passaria tanto tempo à frente do forno, nem a enfarinhar a minha cozinha e não teria tanta loiça para lavar. Isso é certo. Mas faltaria-me algo. Adoro bolachas e biscoitos. Primeiro porque sou uma gulosa, segundo porque sou uma gulosa e terceiro porque adoro comer coisas doces. Tirando a parte da gulodice, a verdade é que sempre gostei, desde pequena de confecionar estas pequenas gordices. Ficam bem em qualquer ocasião e combinam com qualquer estado de espirito. Também a história do Reservatório de Sensações está ligada a bolacinhas e biscoitos. De facto, a primeira grande receita de sucesso do Reservatório de
Sensações, e que me acompanhou em todas as feiras que participei, foi
uma receita de Biscoitos de Mel, super simples, super maravilhosa. Houve uma feirinha em que só levei saquinhos destes biscoitos e nem um sobrou para a amostra.
Ainda
hoje, os meus familiares me estão sempre a pedir para repetir esta
receita. Confesso, que às vezes me farto um bocadinho, mas acabo sempre
por voltar a ela. Porém, neste Natal quis experimentar uma receita diferente, com cheiro a casa rodeada de pessoas prontas a atacar os chocolates, a rir, a fazer piadas tontas, a família reunida. Por isso, optei por um céu estrelado na terra, algo
forte, crocante, mas ao mesmo tempo delicado e repleto de sabor. As ocasiões especiais pedem sempre bolachas temáticas. E estas se não tivessem sido para oferecer, tinham servido de decoração na Àrvores de Natal (sem o chocolate, claro). Cada vez mais tenho a certeza que oferecer bolachas é mimar quem nos rodeia, é "perder" tempo a preparar algo, com amor, atenção aos detalhes ( sem esquecer a farinha e outro tipo de ingredientes comestíveis). Talvez por isso, 2017 tenha sido um ano de ganhar muitos quilos, de muita confratenização, de muito mimo. Sei que estas pequenas estrelas não são exactamente uma receita para a passagem de ano, mas serão para comer e comer em 2018. Sempre que precisarem de animar alguém, ou vocês próprios precisarem de mimo, não hesitem. Liguem o forno e preparem um céu estrelado com sabor a tangerina.
Bolachinhas de Tangerina e Chocolate
Ingredientes para as bolachas
100g de manteiga (à temperatura ambiente)
75g de açúcar mascavado
1 colher de chá de mel
1 ovo batido ligeiramente
300g de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
casca ralada de três tangerinas pequenas
1 pitada de canela
Ingredientes para o Molho de Chocolate
50g de chocolate negro grosseiramente partido
1 colher de sopa bem cheia de manteiga
Batemos
a manteiga, o açúcar e o mel até ficarem bem incorporados.
Acrescentamos o ovo a pouco e pouco, alternando com algumas colheradas
de farinha, previamente peneirada. Isto sem parar de mexer. Juntamos o
resto da farinha, o fermento em pó, a casca das tangerinas e a canela.
Batemos bem, para que todos os ingredientes fiquem bem misturados.
Colocamos a massa sobre uma superfície polvilhadas com um pouco de
farinha e amassamos um pouco mais. Formamos uma bola e envolvemos em
película aderente. Reservamos no frigorífico pelo menos 30 minutos.
Aquecemos o forno a180ºC. Tiramos a massa do frigorífico e dividimos em
dois bocados. Estendemos uma das partes na superfície ligeiramente
polvilhada com farinha até ter cerca de 5mm de espessura. Recortamos as
estrelas com os cortadores de bolacha e dispomos num tabuleiro
previamente preparado. Levamos ao forno durante cerca de 10 minutos, ou
até a massa ter crescido um pouco e as extremidades adquirido um tom
mais dourado. Repetimos o processo para a segunda parte da massa.
Para fazer a cobertura de chocolate, levamos os ingredientes ao lume em banho-maria. Mexemos até obtermos um creme homogéneo. Colocamos numa tigela. Uma a uma mergulhamos as estrelas nesta tigela, cobrindo metade da bolacha. Colocamos as bolachas num tabuleiro, até que o chocolate solidifique completamente.
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