Sentir o copo meio cheio

A semana passada conduziu-me novamente às rotinas, aos dias normais em que tudo retoma o mesmo sítio. Foi estranho abandonar a excitação do início do mês de Abril, que começou com uma cerimónia emotiva, duas viagens de avião, a oportunidade de conviver com uma língua estrangeira, de namorar imenso longe dos lugares habituais, de repor o sono, de vestir um sorriso de orelha a orelha. Foi estranho sentir que a vida se volta a enquadrar nos mesmos confinados metros quadrados.



 Mas, por outro lado, sei que Abril foi um mês bom, inteiro, sentido e de avanço em direcção ao futuro que desejo. Regressar às rotinas com a cabeça arejada, fez-me ver que ainda há muito para sonhar, muito para concretizar e muita poeira para sacudir. Mesmo que os tais metros quadrados de betão que habitam em nós nos tentem dizer o contrário. Mesmo que tenha de continuar a viver rodeada de pessoas pesadonas em negativismo. Estou agradecida por um mês que me ensinou a ver o copo meio cheio e não o contrário, que me ensinou a ver o que realmente vale a pena e a quem devemos dar ouvidos.





Obrigada Abril pela inspiração e gentileza com que me brindaste. E, acima de tudo, obrigada pelo recomeço que me proporcionaste junto de pessoas tão ricas em afectos.






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