Uma crise de dores
lombares atirou-me nesta última semana para a cama. Já há dois anos que não
passava por semelhante situação. Talvez seja velhice precoce ou simplesmente o
facto de ter retomado o exercício físico de uma forma, vá, um pouco “violenta”.
Uma pessoa está parada durante anos e depois quer ver logo resultados. Agora
terei de aguentar as injecções que me foram prescritas, mas nada que me deixe
piegas. Com todas estas sensações dolorosas, nem tenho tido oportunidade de
actualizar este meu Reservatório. E há tanto para dizer. Por isso, vou ver se
retomo a escrita virtual e dou resposta a todos os emails pendentes.
Antes desta
malfadada crise ter aparecido, o jardim Aromático ficou finalmente pronto. O
resultado deixou-me bastante contente e orgulhosa. E, acreditem, não fui só eu.
Consegui juntar à volta deste projecto toda a família. Tive uma grande ajuda
dos pais, que se empenharam ao máximo na construção desta pequena caixinha.
Apresentaram ideias e acima de tudo ajudaram-me a concretizar esta minha
vontade. Foi um bocadinho difícil semear as ervas aromáticas, porque o canídeo
cá de casa tem uma fixação por estragar tudo o que semeamos, quer seja na
horta, quer seja no jardim. Também por isso, o pai teve de acrescentar uns pés
altos a toda a estrutura, de modo a que seja um jardim suspenso, ao qual o Bolt
não consegue deitar as patas. A terra que utilizei (fofa e solta) foi escolhida
pela mãe, que tem olho para esta matéria. Logo aqui poupei bastante dinheiro. Já
as sementes, metade foram escolhidas pelo namorado, metade foram escolhidas por
mim. Falando assim, até parece que utilizei uma quantidade exorbitante de ervas
aromáticas, mas não foi isso que aconteceu. Como a caixa é de dimensões
reduzidas apenas semeei quatro géneros diferentes: Cebolinho, coentros
(escolhidos por mim), segurelha e cidreira (escolhidas pelo namorado). Espero
que tenham sido boas escolhas e que este tipo de ervas consiga conviver no
mesmo espaço. Tenho seguido algumas indicações do Borda d’Água e até ver semeei
tudo na hora mais ou menos certa. A única coisa que continua em falta é a
elaboração de umas etiquetas catitas para colocar a identificar devidamente
cada erva. Mas isso fica lá mais para a frente.
Cebolinho - Planta aromática da mesma família do alho e da cebola, embora com um sabor mais subtil e discreto. É um excelente aromatizante de sopas, saladas, queijo fresco, batatas assadas e pratos feitos à base de ovos. Ajuda às digestões, aos problemas das vias respiratórias. Funciona como repelente de insectos.
Coentros - Erva aromática forte. Muito utilizada na gastronomia alentejana, imprime um sabor exótico aos cozinhados e liga bem com açordas, caldeiradas, peixe, carne assada, molhos e saladas. Os coentros são antissépticos, antiespasmódicos, estimulanes e cicatrizantes.
Segurelha - As folhas são utilizadas como condimento desde a Antiguidade para grelhados, molhos e legumes. Como planta medicinal funciona como agente antisséptico, digestivo e expectorante.
Cidreira - É uma planta muito utilizada na medicina tradicional, como erva aromática e em aromaterapia. É utilizada como antiespasmódica, antinevrálgica e como calmante.
1 comentário
Bela ideia:)
Www.levedar.com
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