Porque há dias assim

Há dias assim, em que desejamos esquecer as nossas tristezas com um belo pão de leite misto prensado e trazem-nos um pão normal recesso com manteiga e fiambre.
Há dias assim, em que queremos estar sozinhos, no nosso canto, no maior dos silêncios disfuncionais, e todos os desconhecidos que encontramos no café e na rua, logo pela madrugada, decidem meter conversa conosco.
Há dias assim, em que quem nos tirou as esperanças tem a felicidade vencer mais uma futil compensação social.
Há dias assim, em que o sol brilha sem conseguir chegar ao nosso coração, onde habita o sofrimento numa angústia triste e desconstrutiva.
Há dias assim, em que tu não estás.
E nesses dias...bem, tento ter paciência.

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