As rosas

Oferecem-me rosas encarnadas, não como manifesto de amor, mas de impaciência. No jeito de quem quer dizer: seca as tuas lágrimas, para que possa erguer os olhos e encarar o teu olhar. As infelicidades que me couberam não se escondem num regaço coberto de rosas. Nem que sejam encarnadas, tais como as que me oferecem. As rosas com que me brindas são manifesto de incompreensão, de um acto vago que tenta preencher as horas de solidão e ausência. Denotam piedade. Que não pedi, que não quero, que desprezo.

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