O Abismo

Dou por mim, a saltitar de abismo para abismo, num voejar inquietante. A noite, silenciosa, traz consigo o negrume da consciência, a vigília das trevas e a insónia das sombras. Aguardam, numa postura impaciente, um bracejar menos preciso. Rodopio, rodopio, rodopio, rodopio incessantemente, enjeitando o abraço da exaustão. Cercam-me os estigmas meticulosamente deformados. Vocalizam cânticos guerreiros, alegres, convictos de um triunfo espontâneo...

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