Tradição. Uma palavra que me aquece o coração e me transporta sempre para boas memórias.
Cresci com a noção de que as tradições fazem parte da história de uma família, são uma espécie de factos, mas com mais emoção, com mais sentimento. Há quem ache que as tradições soam sempre a algo bafiento, ultrapassado. Eu discordo.
Na minha família, as tradições nunca se assumiram como algo imutável que tivesse de ser passado obrigatoriamente de geração em geração. Sim, temos algumas muito antigas e outras que surgiram há poucos anos, mas que se têm repetido anualmente. Daí já terem ganho o estatuto de ritual.
Algumas das tradições familiares foram herdadas dos meus avós, e outras foram criadas pela mais pequenita da família. O que importa é a simbologia que estas transmitem e não a sua antiguidade.
Sei que falo muitas vezes das tradições da minha família por altura do Natal. Mas este ano estive a olhar com atenção e parece-me que cultivamos mais rituais na Páscoa. Talvez porque na Páscoa tenhamos o bom senso de viver com mais calma, menos ansiedade, menos menus para preparar, menus prendas para comprar. Arrisco-me a afirmar que nesta epóca do ano, deixamo-nos levar por uma certa reflexão que abafa um pouco a azáfama que ocorre sempre que se junta a família.
Mas nem só de tradições familiares vive a minha Páscoa. Esta é também uma época muito importante no que toca a reunir a outra família, aquela que não nasceu connosco, mas que fomos construindo ao longo dos anos. Falo obviamente dos amigos. Apesar de grande parte dos meus amigos viver longe de mim, aproveitamos sempre a Páscoa para dois dedos de conversa. Confesso, que aguardo sempre com muito entusiasmo este momento.
A receita que hoje partilho convosco faz parte das tradições criadas entre mim e mos meus amigos e já faz parte do leque de recordações que
associo à Páscoa, desde 2011. Lembro-me de ser convidada para um lanche
de Páscoa em casa de uma grande amiga e eu não saber ao certo o que
levar. Na altura nunca tinha confeccionado um folar e tinha medo de não
conseguir um resultado final satisfatório. Por isso, quando me deparei
com esta receita de Queques de Páscoa, pensei: pereito. Receita simples, sem grande ingredientes e que à partida poderia agradar a toda a gente. E agradou. Tanto que todos os anos volto a repetir a receita.
Queques de Páscoa
Adaptado do livro "O Grande Livro da Pastelaria"
Tempo de preparação: 40 min. aprox.
Dificuldade: Fácil
Quantidades: Cerca de 9 queques
Ingredientes para os queques:
115g de margarina
115g de açúcar branco refinado
2 ovos
115g de farinha
1 colher de chá de fermento
2 colheres de sopa (rasas) de chocolate em pó
Ingredientes para a cobertura:
200g de queijo creme (tipo Philadelphia)
175g de açúcar em pó
1 colher de sopa de margarina
Amêndoas de chocolate
Modo de Preparação:
Aquecemos previamente o forno a 180ºC. Colocamos 9 formas de papel no tabuleiro para queques.
Colocamos a manteiga e o açúcar na taça da batedeira eléctrica e batemos bem até obtermos um creme leve e fofo.
Adicionamos os ovos, um a um, e batemos bem após cada adição.
Peneiramos a farinha e o choclate para dentro da taça. Com uma colher de metal, envolvemos bem na mistura.
Levamos ao forno durante 15 a 20 minutos, ou até crescerem bem e ficarem firmes ao toque. Deixamos arrefecer.
Para fazer a cobertura, colocamos a manteiga, o queijo creme e o açúcar numa tigela e batemos bem até obtermos uma cobertura homogenea. Quando os queques estiverem frios, aplicamos a cobertura em cada queque. Decoramos o centro com as amêndoas de chocolate.
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