"Geração_em_Saldo"

Frustração, frustração, frustração….foi isto que senti ao ler a reportagem “Geração em saldo”. É apenas mais um trabalho que vem alertar para os milhares de jovens de licenciados desempregados e, ainda, para os milhares de jovens licenciados a exercer uma função em condições precárias. Revi me a mim e a tantos outros colegas. O tema não é, infelizmente, novo. Antes da Visão, já outros meios de comunicação tinham explorado este assunto. Alguma coisa vai mal. Se por um lado, já foi identificado este problema social, por outro parece que nada é feito para o evitar ou resolver. Aqui fica um resumo, bastante pessoal, parcial e irónico, da reportagem.E como não quero que ninguém fique triste, deixo aqui uns prémios de consolação...

Prémio “Agora digam lá, que geração teve a vida facilitada”

“Os nossos pais deram nos mais do que tiveram, mas nós temos menos do que eles. (…) Se deixar de trabalhar, deixo de ganhar. Carla Caldeira, 30 anos, licenciada e mestre em comunicação, habituou se a ter a vida sempre adiada.”

Prémio “Mais valia estar quieto”

“Catarina Matias, 31 anos, licenciou-se em História, fez uma pós graduação em Museologia, desde então não parou de somar trunfos: estagiou no Victoria & Albert Museum, em Londres, venceu um concurso internacional e foi para o Qatar trabalhar no Museu de Arte Islâmica (‘o único contrato verdadeiro que tive até hoje’. (…) Não falta quem abra a boca de espanto perante o curriculo, mas ‘na hora da verdade, ignoram”.

Prémio “Onde é que eu já vi isto”


Durante quase dois anos, foi estagiária numa rádio nacional. Começou por fazer um estágio curricular não remunerado, durante três meses, foi convidada a prolongá-lo por outros seis. Aceitou. ‘Durante seis meses, paguei para estagiar’, recorda. E depois? ‘Depois, ofereceram-me ficar a troco de 300 euros, a recibo verde.” ”. (Cláudia Baptista, 29 anos, licenciada em Jornalismo)


Prémio “Geração prozac (e nem esse faz efeito)”

“Já começamos a gerar uma geração de frustrados”. (Cláudia Baptista, 29 anos, licenciada em Jornalismo)

Prémio “Não há quem regule isto”

“Há muitas universidades más, que formam alunos para o dsemeprego.Privadas e públicas, nas grandes cidades e no interior”. (João César Neves, economista e docente na Universidade Católica)

(A anedota já é batidinha, mas pelos vistos continua actual.

Empresário: Bom dia Sr. Eng., há quanto tempo??!!! Ministro: Olha, olha, está tudo bem?! Empresário : Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado tu é que eras homem para me desenrascar o miúdo.Ministro : E que habilitações ele tem?! Empresário: Tem o 12.º completo.Ministro: O que ele sabe fazer?! Empresário: Nada, sabe ir para a Discoteca e deitar-se às tantas da manhã! Ministro:Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor, fica a ganhar cerca de 4000, agrada-te?!Empresário: Isso é muito dinheiro, com a cabeça que ele tem era uma desgraça não arranjas algo com um ordenado mais baixo?! Ministro: Sim, um lugar de Secretario já se ganha 3000Empresário: Ainda é muito dinheiro, não tens nada volta dos 600/700??? Ministro: Eh pá, isso não, para esse ordenado tem de ser Licenciado, falar Inglês e dominar Informática )



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