Os dias têm desacelerado. Estão mais curtos, mais leves, com uma luz mais fosca e fugidia. Já se sente a invasão lenta do Outono nas rotinas, nas vontades e nos apetites. Há uma necessidade, para já latente, de conforto e de aconchego, mesmo apesar das temperaturas primaveris que se têm feito sentir. Sempre gostei do Outono. Porque era uma estação que significava o começo de um novo ano (neste caso ano lectivo), de novos livros e cadernos em branco para explorar, de calçar novos sapatos, de acender novamente a lareira, de voltar a comer marmelada e geleia de marmelos caseiras, de passar mais tempo em casa com os avós. Sempre me senti parte de Outono, tal era a paixão pelos dourados mestiços que emanavam das paisagens. Mas a cima de tudo, e perante uma estação que por vezes influência os humores de forma negativa,esta época do ano sempre foi vivida com muita serenidade. A mudança para a cidade alterou um pouco esta percepção. Quem mora entre prédios não tem a oportunidade de absorver as tonalidades contrastantes, a tranquilidade das rotinas a abrandarem de ritmo e da beleza de uma paisagem em confortável mudança. Este será o segundo ano longe do outono que eu tanto gostava. Todavia, o importante é continuar a procurar os pontos positivos na estação que eu quero que seja sempre a favorita. E nada melhor do que deitar a mão à massa, refugiar-me na minha cozinha e preparar receitas com os ingredientes que ele me dá. No fim-de-semana passado preparem uns belos e simples queques de abóbora. Espero que gostem e que possam integrar esta receita no vosso Outono.
Ingredientes
150gr de açúcar branco
175gr de manteiga à temperatura ambiente
3 ovos grandes
175gr de farinha de trigo autolevedante
150gr de puré de abóbora
Colocamos a manteiga, o açúcar e os ovos numa tigela de uma misturadora eléctrica. Depois de bem unidos estes ingredientes, acrescentamos a farinha peneirada. Juntamos o puré de abóbora. Dividimos a massa pelas formas e levamos ao forno previamente aquecido a 160ºC durante 20 minutos.
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