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Escrevo-te numa guardanapo, que encontrei esquecido em cima da mesa de um café pouco aconselhado. Já está meio amarelado, o guardanapo. E, pelo aspecto amarrotado, presumo que já tenha sido utilizado. Perdoa-me esta terrível apresentação. O tempo urge. As palavras querem brotar da minha boca num jorro, imprudente, irracional, mas espontâneo, de uma verdade que de tão louca chega a tocar a lucidez. Quero ser feliz, antes que as entranhas se contorçam com a raiva que desponta no desânimo quotidiano. E embora desconheça o caminho mais seguro, ou a via mais desimpedida para atingir tal propósito, sei que não quero falhar. Vou abrir a janela e explorar o desconhecido, sem receios. Se perguntarem por mim, diz que voei.

1 comentário

André Lopes disse...

Adorei o texto. Está de uma criatividade soberba. Beijinhos ;)